Relator deve fazer ajustes ao projeto que cria o Registro Civil Nacional
19 de outubro de 2015
Câmara aprova regras sobre direito de resposta nos meios de comunicação
21 de outubro de 2015

Uma questão de saúde pública

Prezados amigos,

Quero falar sobre um assunto que não é lenda urbana, mito e tampouco fantasia. Algo que tem me preocupado bastante e que quero alertá-los. Trata-se de criminosos que decidiram infectar pessoas de forma proposital com o vírus HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis.

As ações vieram à tona após o jornal “O Globo” publicar, no mês fevereiro, matéria intitulada “Clube do carimbo: Soropositivos pregam técnicas de transmissão do HIV de propósito”. Em trecho da publicação, o jornal explica que ”um grupo de homossexuais soropositivos se reúne em sites para passar dicas de como transmitir aids para outras pessoas. A premissa é que se todos tiverem a doença, ela não será mais um problema social. Junto a isso, a prática do bareback, o sexo sem camisinha, misturado com uma dita sensação de aventura, faz com que as ‘carimbadas’ aconteçam com mais frequência e já se tornem um problema de saúde pública.

À época, apresentei na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei n°1048/2015, que tipifica o crime de perigo de contágio de moléstia incurável. Infelizmente até hoje a referida proposição não avançou, pois alguns parlamentares, intimidados por grupos e movimentos, afirmam que o projeto poderá trazer um aumento significativo de preconceito contra homossexuais.

O que ocorre é que o projeto apresentado jamais teve a intenção de rotular ou discriminar os que praticam o homossexualismo, muito pelo contrário, nossa intenção foi exatamente proteger essas pessoas, que de acordo com a reportagem são as mais propensas a serem vítimas desse “Clube do carimbo”.

Renato Peixoto Leal Filho tem 43 anos Foto: Reprodução

Renato Peixoto Leal Filho tem 43 anos Foto: Reprodução

Nas últimas semanas, um caso em especial ocupou as páginas dos maiores jornais do país. De acordo com as manchetes, a Polícia Civil indiciou um homem conhecido como Renato Peixoto Leal Filho, de 43 anos, por contágio de moléstia grave. Ele é morador da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e suspeito de transmitir intencionalmente o vírus HIV para mulheres com quem manteve relações sexuais.

As investigações tiveram início no fim de agosto, quando uma das supostas vítimas procurou a polícia para denunciar Renato. Já na 16ª DP (Barra da Tijuca), que assumiu o caso, uma segunda mulher foi ouvida e relatou o mesmo modo de agir. Segundo elas, Renato aborda moças pelas redes sociais e as convence a sair. Posteriormente, sem informar sobre a doença, insiste para que o sexo seja feito sem o uso de preservativo.

Vejam bem, caros amigos, esse caso mostra a relevância do nosso projeto. Não se trata de perseguição ao movimento LGBT, nem um subterfúgio para criar ódio e preconceito. O texto do PL n°1048/2015 prevê punição a todos, independentemente da orientação sexual, que de forma proposital, transmite doenças incuráveis.

Nossa missão é maior que rixas, brigas e discordância de pensamento e ideologia. Nossa missão é proteger e salvar vidas.

 

HIV

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *