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Intolerância religiosa é tema de audiência

O deputado Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ) defendeu, em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM), nesta quarta-feira,19, o diálogo e a convivência pacífica entre todas as crenças existentes no país. A comissão debateu com lideranças religiosas de diversos segmentos a intolerância religiosa e os meios para superá-la.

O parlamentar afirmou que o contexto de crise política não deve servir como pretexto para a intransigência. “Não podemos deixar que o tom elevado da discussão política transfira para a religião e use dela para o acirramento de disputas que são alheias à crença das pessoas. O Brasil recebe todos os segmentos religiosos, recebe imigrantes de todo o mundo e não precisamos transferir o clima de acidez política para a fé.”

A audiência foi convocada pelo parlamentar, após caso da agressão sofrido por uma menina de 11 anos, no Rio de Janeiro (RJ), motivado por discriminação religiosa. Em junho, a garota foi apedrejada ao sair de um culto afro.

“Tenho convicção de que, com a audiência realizada, na qual ouvimos várias ideologias de fé com respeito mútuo, poderemos contribuir com projetos para valorizar a convivência harmônica entre as religiões. Nossa intenção é evitar que qualquer tipo de agressão venha a ser praticada, contra qualquer que seja o segmento, motivada por ódio religioso”, destacou.

Líderes evangélicos também afirmaram que os seguidores da religião são vítimas históricas de intolerância no país, resultante de resistências da maioria esmagadoramente católica da população, até o fim do século passado. Em nome dos evangélicos, o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) atribuiu os casos de intolerância religiosa a fanatismos.

“Nós, evangélicos, talvez tenhamos episódios a lamentar por parte de certos segmentos que, no afã de defender seus ideais e a fé, esbarram no fanatismo. Mas não se pode, de maneira nenhuma, sob pena de cometermos uma injustiça histórica, generalizarmos isso. Na sua imensa maioria, o povo evangélico é um povo tolerante, pacífico e amoroso sem arredar um milímetro de suas convicções”, disse o senador.

PSD

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