O deputado Federal Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ), um dos 5 parlamentares do RJ com 100% de presença na Câmara dos Deputados, no primeiro semestre de 2015, defende a criação de políticas públicas de enfrentamento ao álcool. Para ele é de suma importância a criação de leis que desestimulem a venda e o fornecimento do álcool aos jovens. “Sabemos que a bebida alcoólica é a porta de entrada para outras drogas”, destacou.
Com a proposta de defender os interesses da família, e a prevenção e recuperação de dependentes químicos, atuando com proposições, ações e debates, na Câmara dos Deputados, o parlamentar já apresentou algumas propostas de enfrentamento ao álcool, como o PL n°1052/2015, que restringem a venda de bebidas alcoólicas, próximo a instituições de ensino, o PL n°2132/2015, que proíbem a venda em estabelecimentos como padarias e lanchonete, e também o PL n°1496/2015, que proíbe a publicidade de bebidas em eventos desportivos.
O parlamentar acredita que os principais colaboradores para que o primeiro contato com a bebida ocorra cada vez mais cedo entre os jovens são: a pressão do grupo de amigos, o custo baixo da bebida, a falta de controle na oferta e consumo dos produtos que contêm álcool, além da ausência de limites sociais. “Infelizmente o consumo de bebida alcoólica é aceito e até estimulado pela sociedade. É triste ver que alguns pais que entram em pânico quando descobrem que o filho ou a filha consumiu maconha ou tomou um comprimido de ecstasy, ou outras drogas ilícitas numa festa, achem normal que eles bebam porque, enfim, todos bebem”.
De acordo com Centro de Informações sobre Saúde e Álcool, nos Estados Unidos, o primeiro consumo de álcool ocorre em média aos 15 anos e estima-se que, aos 18 anos, 70% já o tenham consumido. No Reino Unido, um dos países da Europa que mais chama atenção no que diz respeito a medidas de uso de álcool, 70% dos estudantes com 14 anos de idade relatam terem consumido álcool. Já no Brasil, a Pesquisa Nacional de Saúde 2013 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontou que 34,5% dos usuários de álcool tiveram o primeiro contato com o álcool entre 15 e 17 anos e 12,5%, antes dos 15 anos. “Estes dados são alarmantes e o que mais causa preocupação é que certamente grande parte desses adolescentes conviverá com a dependência do álcool no futuro”.
“A dependência química é uma enfermidade e é de extrema importância combatê-la logo no início, é preciso fechar essa porta que tem destruído tantas vidas. Quero trazer este debate com amplitude ao Congresso, juntamente com toda a sociedade. É preciso uma análise com cautela, respeito e consciência sobre os males causados pelo o uso do álcool”, alertou.