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A importância da família na construção de sociedades mais justas

Prezados amigos,

No Fla-Flu em que se transformou o debate político no Brasil de hoje, quem fala em “defesa da família” é automaticamente acusado, por uma pequena mas barulhenta militância, do mais mesquinho reacionarismo. Mas eu tenho insistido no tema e, aos poucos, mais e mais pessoas — aquelas que estão abertas a uma discussão racional — se dão conta de que a preocupação com a família é legítima, correspondendo na verdade a um dos valores mais caros aos cidadãos brasileiros. É uma preocupação que, de reacionária, não tem nada — muito ao contrário.

Quem fala esse tipo de coisa esquece que, por exemplo, é nas páginas do clássico A Terceira Via, de Anthony Giddens, que se lê: “A família é uma instituição básica da sociedade civil.” Também lá se pode ler: “A proteção e o cuidado das crianças é o fio isolado mais importante que deveria guiar a política da família.” A Terceira Via se propunha a ser algo como um manifesto de uma nova esquerda, e Giddens é apontado frequentemente como guru de Tony Blair, o ex-primeiro-ministro britânico do Partido Trabalhista.

Ou seja: defender a família e principalmente os interesses das crianças não é, ou pelo menos não deveria ser, algo que divida esquerda ou direita — é pura sensatez. O objetivo é unívoco. O que está em questão são os meios de atingi-lo. Num debate adulto, é isso que se discute, educadamente e com argumentos racionais, sobretudo empíricos.

E atualmente há cada vez mais farta evidência científica de que o melhor meio de preservar e fortalecer a família — de fazer com que ela cumpra a sua função social — passa sim por fortalecer o conceito tradicional de família. Se a proteção integral da criança e do adolescente é a mais importante diretriz na política da família, então é no interesse deles que nós, formuladores dessa política, devemos orientá-la.

 

 

Fortalecer a família contribui para uma sociedade mais justa. Muitas pessoas ficam indignadas com a falta de oportunidades para as crianças pobres, mas não percebem que a desestruturação familiar tira ainda mais as chances de sucesso que a pobreza. Para combater a desigualdade social, não basta tirar as pessoas da miséria; é necessário ainda assegurar que elas vivam em famílias funcionais, orientadas para o bom desenvolvimento infantil.

É nisso que eu acredito, é nisso que a maior parte da população brasileira acredita, e é disso que mais e mais pessoas vão se convencendo. É algo que vai se comprovando diante de nossos olhos. Nos recentes episódios de arrastões nas praias do Rio de Janeiro, muita gente se perguntou: se a pobreza diminuiu, por que essa violência? A resposta é óbvia: diminuir a pobreza não basta se fazem falta os valores familiares.

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