Prezados amigos,
Neste dia 20 de novembro é comemorado o Dia Nacional da Consciência Negra, uma data bastante significativa para refletirmos sobre o valor da vida humana e a riqueza que a pluralidade de raças e etnias traz para o País.
Mas, antes, farei um breve histórico sobre esse importante acontecimento. A data não foi escolhida por acaso, e sim como homenagem a Zumbi, líder do Quilombo de Palmares e símbolo da resistência negra, assassinado em 20 de novembro de 1695.
O Quilombo dos Palmares foi fundado no ano de 1597, por cerca de quarenta escravos foragidos de um engenho situado em terras pernambucanas. Em pouco tempo, a organização dos fundadores fez com que o quilombo se tornasse uma verdadeira cidade. Os negros que escapavam da lida e dos ferros não pensavam duas vezes: o destino era o tal quilombo cheio de palmeiras. E um negro muito ousado, chamado Ganga Zumba foi o primeiro rei do Quilombo dos Palmares.
Uma triste situação ainda perdura nos dias atuais: a discriminação e o preconceito. O problema é que as pessoas julgam umas às outras levianamente, não por suas atitudes ou pela nobreza de seus ideais, mas por sua cor. Isso é um absurdo!
Povos indígenas, árabes, muçulmanos e tantos outros acabam sendo prejudicados simplesmente porque são diferentes. Mas fico me indagando: diferentes de que ou de quem? Somos todos iguais perante Deus e isso basta.
Enquanto muitos brigam por questões tão pequenas, milhões morrem de fome ao redor do mundo, por exemplo. Não quero parecer utopista, mas creio verdadeiramente numa sociedade melhor se cada um mudar, primeiro, sua maneira de ver o mundo. Podemos ser menos egoístas e mais generosos, agentes da paz e defensores do meio ambiente. Tal atitude faria muita diferença. A bíblia diz que a palavra doce abranda o furor. Esse é um exemplo que precisamos seguir.
A nossa própria Constituição tem a dignidade da pessoa humana como um de seus fundamentos. Além disso, possui como objetivos fundamentais a construção de uma sociedade livre, justa, solidária e a promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, cor, ou de qualquer outra espécie. Por fim, consagra a igualdade como direito fundamental. Essas conquistas foram grandiosas e devem pautar a nossa convivência.
Comemorar o Dia Nacional da Consciência Negra é uma boa oportunidade para se reforçar o ideal de justiça e valorização entre os povos. Não restam dúvidas que estamos muito longe desse ideal, pois o preconceito e o racismo ainda pairam nas nossas sociedades. Mas ainda há tempo para mudar.
Não somos melhores ou piores que ninguém, somos apenas diferentes. Por isso, a cor da pele jamais significará algo.
Chega de tanta discriminação!
Viva o Dia Nacional da Consciência Negra!