Perplexidade, espanto, tristeza e descontentamento. Estes foram os sentimentos dos brasileiros, nesta quarta-feira (16), após a nomeação pela presidente Dilma do ex-presidente Lula como ministro-chefe da Casa Civil.
Por volta das 17h, centenas de pessoas se dirigiam rumo ao Palácio do Planalto indignados com a indicação. Menos de uma hora depois foram divulgas gravações entre Dilma e o ex-presidente Lula no qual tratam da nomeação de Lula para a Casa Civil e de possíveis tentativas de influência em decisões de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
A divulgação dos áudios, mobilizou ainda mais pessoas e em todo o país manifestantes tomaram conta das ruas, em Brasília, cerca de 5 mil pessoas, saíram de suas casas e locais de trabalho e se dirigiram a Esplanada, foram mais de 5 horas protestos e comoção. Os protestos aconteciam de modo pacífico e em nenhum momento houve violência por parte da Polícia Militar nem dos manifestantes.
No Plenário da Câmara, devido à falta de condições para o prosseguimento da sessão, o 1º secretário da Mesa, deputado Beto Mansur (PRB-SP), encerrou a sessão. Deputados da oposição gritavam “renúncia, Dilma”. Logo, o deputado Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ) se dirigiu ao Palácio para engrossa o coro dos que não se conformam com a impunidade e com o desgoverno do PT.
“Há evidente perturbação da ordem pública, em razão da sucessão de escândalos e, agora, causado pela própria presidente. A nomeação de Lula é uma ofensa à moralidade e agride a probidade da administração”, afirmou Sóstenes.