Um projeto de autoria do deputado federal Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), aprovado na Câmara dos Deputados e em tramitação no Senado, quer tornar obrigatória a realização de testes de impacto frontal e lateral nos assentos especiais (as cadeirinhas) usados em veículos para o transporte de crianças de até dez anos. O PL 1729/15 tem como objetivo garantir a qualidade dos assentos destinados às crianças.
Sabemos que o uso das cadeirinhas torna mais seguro o transporte das crianças, mas precisamos estar certos da qualidade desses equipamentos. Mas nada adianta ter cadeirinhas de segurança, se alguns cuidados não forem tomados pelos pais na hora de instalar e utilizar os assentos. Pensando nisso, separamos alguns erros comuns que precisam ser evitados.
1. Não instalar a cadeirinha corretamente
Para instalar corretamente uma cadeirinha de carro, você deve se certificar de que ela esteja ajustada corretamente ao SEU carro. Certifique-se de que ela está presa de verdade, se o sistema LATCH ou Isofix está posicionado da forma certa e se o cinto está devidamente posicionado no pequeno (ele deve ficar bem embaixo das axilas).
Instale o assento virado para frente ou para trás (no caso de bebês com até 1 ano ou com o peso máximo recomendado pelo fabricante da cadeirinha). Segundo especialistas, o melhor lugar do banco para colocá-la é o do meio (esta posição protege melhor de colisões laterais promovendo mais segurança para a criança). Porém nem sempre é possível instalar porque alguns automóveis não possuem cinto de 3 pontos para esta posição. Neste caso o segundo melhor lugar para instalar a cadeirinha é no banco traseiro atrás do motorista, onde há menor risco de colisão lateral do que no lado do carona. Se você se sentir insegura na hora da instalação, procure algum profissional que faça a inspeção (você pode encontrar um no Detran da sua cidade).
É comum que os pais fiquem com dó da criança por estar presa ao cinto de segurança e o afrouxem um pouco. Não faça isso. O recomendado é que o cinto passe por cima dos ombros, fique bem fixado embaixo das axilas (nunca prenda só no abdômen) e só tenha um dedo de largura entre o tecido e o corpo do pequeno.
Por mais aflitivo que possa ser o cinto um pouco mais apertado, é o melhor para a segurança da criança, pois, caso haja uma colisão, o corpinho fica bem preso e isso dificulta que ele seja lesionado. Outra dica é que, se houver uma fivela no cinto, posicione-a em cima do osso do peito, assim o seu filho ficará mais seguro.
Muitos pais ficam ansiosos para “se livrar” logo das cadeirinhas. Não tenha pressa, pois os pequenos só pararão de usar as cadeirinhas com 1,45m de altura (por volta dos 9, 10 anos de idade).
Outra situação comum é deixar a cadeirinha em um só carro, mesmo que o pequeno ande em outros veículos. Por mais que demore um pouco, é uma precaução necessária, então instale o assento toda vez que a criança for passear de carro, seja qual for (pai, avó, avô, tios etc.).
Essa medida pode parecer um pouco maluca, rsrs, afinal, nenhuma mãe gosta de deixar o seu filho desagasalhado. No entanto, o excesso de roupas pode fazer com que o pequeno fique desconfortável com o cinto de segurança ou que você não o prenda da forma correta. Como falamos no segundo tópico, o tecido do cinto deve estar a apenas um dedo de largura do corpo da criança, então o casaco pode enganar na hora de posicioná-lo. Que tal colocar uma malha mais fina e ligar o ar quente?
De acordo com o Contran (Conselho Nacional de Trânsito), existem três tipos principais de poltronas para crianças. Em termos de segurança, mais do que a idade, o que interessa é o peso e a altura do seu filho, em relação ao que está escrito no manual de cada cadeirinha. São eles:
– Bebê Conforto: Para os recém-nascidos o ideal é o bebê conforto (que dura cerca de 1 ano ou até 13kg do bebê).
– Poltrona: O próximo passo é a poltrona, para crianças de 1 a 4 anos (ou que acomoda uma criança de até 25kg, dependendo do modelo).
– Assento de elevação (ou Booster): E, o último estágio é o Booster, uma poltrona “banquinho”, que serve para a criança ficar mais alta e, dessa maneira, usar o cinto de três pontos da maneira correta. No caso do booster, apenas crianças acima dos 4 anos podem usá-la, mas nnao tenha pressa de fazer essa mudança. A legislação brasileira afirma que esse tipo de cadeira é obrigatório para crianças de até 7 anos e meio, mas o ideal é que ela seja usada até a criança ter, pelo menos, 1,45m de altura (cerca de 10 anos de idade).