A legalização dos Jogos de azar é um tema polêmico e que merece um amplo e profundo debate. Não podemos ignorar que esse tipo de atividade já presente em nossa sociedade de forma ilegal, tem associação direta com a corrupção, a sonegação de impostos, a lavagem de dinheiro, o tráfico de drogas e de armas, e muitos outros.
Os que defendem a liberação dos jogos de azar, no Brasil, justificam essa posição dizendo que esse mercado cria diversos postos de trabalho e aquece o setor de turismo, mas isso é uma falácia. O que acontecerá de fato é a concentração de renda, afinal muitos jogam e poucos ganham, gerará lucros altos para grandes empresas que receberão o dinheiro de muitas apostas.
Como defensor da família, vejo essa tentativa de desengavetar o PL 442/91, da Câmara, e o PLS 186/2014 do Senado, uma ameaça direta ao bem estar familiar, visto que a pratica do jogo de azar geram compulsão e vício, a chamada ludopatia. Com a legalização dos jogos haverá publicidade ousada em busca de mais jogadores e lucro, disseminando falsas vantagens e estimulando à dependência ao jogo de azar. A OMS (Organização Mundial de Saúde) já considera o jogo um vício, uma questão de saúde pública.
Além disso, a pressa de aprovar os projetos de lei que tramitam no Congresso, sem aprofundar os debates sobre os prejuízos da legalização, cria um novo cenário para as eleições deste ano, pois coincidem justamente com as mudanças nas regras de financiamento eleitoral, às vésperas das eleições de 2018. Legalizar os jogos de azar no país representa um risco de abrir mais oportunidades para a lavagem de dinheiro. Se a jogatina lava dinheiro, a legalização vai abrir novas portas, uma vez que esse dinheiro lavado tem facilidade para entrar no financiamento das campanhas.
A meu ver, a legalização dos jogos de azar não trará nenhum beneficio à Nação. Legalizar só irá ampliar os problemas sociais que buscamos combater. Por tudo isso, não queremos essa lei para o Brasil! Vamos combater esse “azar” para o futuro do país!
“A sociedade contemporânea, em sua inigualável covardia, prefere legalizar os seus erros a corrigi-los”, André Frossard, da Academia de Letras da França.