No último dia 7 de fevereiro, o deputado federal Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) comentou, durante seu discurso no Plenário da Câmara dos Deputados, a decisão, por unanimidade, dos três desembargadores da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) de manter a condenação e ampliar a pena de prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex em Guarujá (SP). “Eu subo aqui com o desejo de tentar transmitir e entender o que eu vejo na insatisfação generalizada. Começamos o ano vendo um triste episódio da nossa história. Digo que é triste, porque nenhum cidadão tem o prazer de ver um ex-Presidente da República sendo condenado a prisão”, disse Sóstenes.
Sóstenes afirmou ainda que há alguns anos, falar em político preso parecia utopia. “E é por isso que eu parabenizo o Judiciário brasileiro, que, de maneira equânime, de uma maneira garantidora de todo o devido processo legal, inclusive da ampla defesa, vem condenando políticos que praticaram corrupção neste País”, exclamou.
O parlamentar ainda lembrou que está é apenas a primeira condenação de Lula, e em tom de alerta disse aos colegas: “Se praticarmos e entrarmos na vala vergonhosa da corrupção seremos punidos pelo rigor da Justiça deste País, que agora começa a mostrar que é uma Justiça para punir os famosos poderosos da política.”
A frase “ficha suja está fora do jogo democrático” do Ministro Luiz Fux, que assumiu o TSE no último dia 6, também foi citada por Sóstenes. “É para aplaudimos o Ministro de pé, porque realmente a política precisa de homens e mulheres ficha limpa. Os políticos ficha suja têm que pagar pelos seus erros”.
“Que nós possamos acreditar que o Brasil viverá um momento diferente no combate à corrupção. A corrupção tira o dinheiro da merenda escolar dos nossos filhos, tira o dinheiro da saúde quando você bate num posto médico, e não encontra o médico. A corrupção tira o dinheiro do feijão com arroz, do alimento de cada dia de um pai ou mãe de família. Esse dinheiro da corrupção precisa ser estancado e voltar à mesa dos pobres deste País. É isso que nós precisamos ver”, finalizou Sóstenes.