Gostaria de fazer aqui um comentário e deixar claro o meu posicionamento sobre a reforma da Previdência. Nunca neguei aos meus eleitores que eu reconheço a necessidade urgente de o Estado brasileiro fazer a reforma da Previdência. Nós precisamos disso, mas precisamos ser responsáveis neste momento.
Colocarei aqui alguns pilares. Eu jamais votaria uma reforma da Previdência que excetuasse qualquer segmento, que tirasse parte de um poder, como o Judiciário, ou os militares. Tenho grande carinho e apreço tanto pelo Poder Judiciário quanto pelos militares, mas nós temos que fazer uma reforma da Previdência para todos, começando por nós da classe política. Nós temos que dar o primeiro exemplo. Se assim acontecer, se nós tivermos a convicção de que será uma reforma da Previdência em que todos estejam incluídos, os políticos e todas as outras agremiações, sem se prejudicar, sem dúvida nenhuma, o mais pobre — e a intenção é pegarmos quem está na classe média para cima para corrigirmos as distorções da Previdência —, aí, sim, eu acho que nós vamos conseguir aprovar esse texto na Câmara dos Deputados. Eu espero que o texto venha com esse viés.
Nós vamos ter muito trabalho e responsabilidade no que vamos votar. Reconhecemos a necessidade de fazer a reforma da Previdência, mas não podemos ficar aqui excetuando grupo A, B ou C de interesses de corporações, porque assim vamos levar a economia do Brasil a um risco muito sério.