discurso na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CREDN), o líder do Partido Liberal (PL), deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), parabenizou o deputado Felipe Barros (PL-PR) por sua eleição e reafirmou o apoio da bancada à decisão de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), ao mesmo tempo em que teceu críticas ao judiciário e à postura de outros partidos.
Cavalcante (PL-RJ) iniciou sua fala agradecendo aos que votaram em Felipe Barros (PL-PR) e reconhecendo o direito à abstenção, destacando a importância da eleição para o PL. Em seguida, abordou a ausência de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e surpreendeu ao mencionar a decisão pessoal do parlamentar.
“Eduardo (PL-SP) tomou uma decisão íntima, baseada no livre arbítrio que Deus nos deu. Foi uma escolha radical, mas corajosa, que precisa ser respeitada”, afirmou.
O líder do PL classificou a atitude de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) como “um gesto de convicção” e assegurou o “total e irrestrito apoio e solidariedade” da bancada. “Ninguém toma uma decisão desse porte por qualquer motivo. É uma posição que deve ser compreendida no contexto do que vivemos hoje no Brasil”, enfatizou.
Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) aproveitou a oportunidade para criticar o que considera um “desequilíbrio entre os poderes” no país. Em sua fala, mencionou o caso do deputado Glauber Braga, cuja conta foi bloqueada por um juiz de primeira instância, classificando o ocorrido como “um absurdo do judiciário”. “A imunidade parlamentar é um princípio constitucional que deve ser respeitado, independentemente da matriz ideológica de cada um”, alertou.
O deputado reforçou a necessidade de os parlamentares defenderem o coletivo da Câmara e combaterem o que chamou de “deformidade democrática”.
“Não podemos aceitar que um poder se sobreponha ao outro. A nossa Constituição é clara: os três poderes são harmônicos e interdependentes. Qualquer ação que fira esse princípio deve ser denunciada e combatida”, declarou.
Ainda em tom de crítica, Cavalcante citou o Partido dos Trabalhadores (PT), alegando que o partido “nega o debate político ao recorrer às barras dos tribunais para pedir o passaporte de um colega”. Ele exortou os parlamentares do PL a jamais seguirem esse exemplo: “Isso é a cartilha da antipolítica. Nós temos que resolver nossas questões aqui, no ambiente político, e não levando disputas ao Judiciário”.
O líder do PL também ressaltou a importância de os 513 parlamentares compreenderem seu “papel constitucional” e deixarem de lado as diferenças partidárias para defender a autonomia do Legislativo. “A Câmara dos Deputados não pode ser rebaixada. Se não fizermos valer o cargo que ocupamos, veremos essa instituição perder relevância diante da sociedade”, alertou.
Ao encerrar seu discurso, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) reiterou seu compromisso em defender qualquer parlamentar que tenha suas prerrogativas violadas, independentemente de sua ideologia. “Hoje defendo Eduardo Bolsonaro (PL-SP), mas se amanhã um parlamentar de esquerda for vítima de abuso de poder, estarei aqui para defender também. Precisamos garantir que esta Casa mantenha sua dignidade e independência”, concluiu.
O deputado finalizou parabenizando a Comissão de Relações Exteriores e o deputado Felipe Barros (PL-PR) por sua eleição, desejando sucesso nos trabalhos à frente do colegiado.