No último sábado (7), feriado da Independência, o deputado federal Sóstenes Cavalcante participou de um grande ato em defesa da democracia e do Estado democrático de direito.
O evento, marcado para começar às 14h, reuniu manifestantes na intersecção da Avenida Paulista com a Rua Peixoto Gomide, em São Paulo-SP. Dois trios elétricos serviram de palanque para os oradores, que discursaram para o público presente. Sóstenes, que ajudou na organização do evento, destacou que o principal objetivo da manifestação foi pedir o impeachment do Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
“As pessoas poderão se manifestar livremente, com falas, cartazes, bonecos infláveis, fazendo o que quiserem, pois ainda vivemos em uma democracia”, afirmou Sóstenes, enquanto participava dos preparativos da manifestação.
O pastor Silas Malafaia, idealizador do ato, também discursou e enfatizou que o povo é o verdadeiro detentor do poder em uma nação. Ele aproveitou para enviar um recado ao Ministro Alexandre de Moraes, a quem chamou de “ditador de toga”: “Nenhum regime ditatorial foi derrubado da noite para o dia. Quando o povo se levanta, todos os poderes precisam se curvar. Esta manifestação é mais um tijolo sendo colocado; chegará a hora em que Alexandre de Moraes terá que prestar contas.”
Durante o evento, parte dos manifestantes entoava o grito: “Cabeça de ovo, o supremo é o povo”, em tom de protesto contra o ministro.
O ponto alto da manifestação foi o discurso do ex-presidente Jair Bolsonaro, que agradeceu pela recepção calorosa do público e também classificou Alexandre de Moraes como “ditador”. “Espero que o Senado Federal coloque um freio em Moraes, que faz mais mal ao Brasil do que o próprio presidente Lula”, afirmou Bolsonaro.
Sóstenes Cavalcante, por sua vez, optou por não subir em nenhum dos trios elétricos durante o evento.
A manifestação, que reuniu mais de 200 mil pessoas, foi considerada um sucesso pelos organizadores. Estiveram presentes representantes de vários estados e esferas do poder, entre eles o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar da Costa Neto, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, além de parlamentares de diversos estados e outras autoridades.