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Dependência química: um perigo real

Prezados amigos,

Passado o feriado de carnaval, retornamos aos trabalhos na Câmara dos Deputados. Estamos em meio a um emaranhado de acontecimentos, muitos deles tristes, pois, vemos que nosso país tem sido cada dia mais assolado pela corrupção, violência, doenças, desemprego e o pior, vemos o descaso total do governo atual, que com um discurso vazio tenta convencer o cidadão a pagar a conta por sua ineficiência.

Mas não é sobre isso que quero falar hoje. Venho aqui compartilhar mais uma vez com vocês, a minha preocupação com a nossa juventude e o envolvimento dela com as drogas. Fui eleito com expressivos 104.697 votos e as nossas principais bandeiras são a defesa da vida e da família, e a prevenção e recuperação de dependentes químicos, um grande desafio que o Brasil tem enfrentado nesses últimos anos.

Há muitos anos trabalho em favor da vida, em especial no resgate de dependentes químicos. Tenho visto que instituições sérias, com experiência e que adotam a terapia ocupacional como atenuante de problemas psicológicos vem fazendo um brilhante trabalho nessa área e contribuindo a cada dia para que esse cenário social caótico mude de fato.

Convivo com essa triste realidade e sei o quão difícil é ver lares destruídos por causa do problema da dependência química. Acredito verdadeiramente na transformação de vidas pelo amor e cuidado. Se nos importássemos mais com o próximo a nossa realidade socioeconômica seria bem diferente.

O fato é que as pessoas comuns da sociedade olham de maneira marginalizada para o dependente químico e alcoólico, e se esquecem de que é um problema de saúde reconhecido pela Organização Mundial da Saúde, além de ser, também, um problema social e educacional.

Se analisarmos bem, inúmeros são os motivos que levaram uma determinada pessoa a chegar ao ponto de se tornar um dependente. Então, não se trata de um simples caso de falta de vergonha na cara como na maioria das vezes é associada.

Não quero ser utópico em achar que podemos acabar de vez com esse mal. No entanto, todos nós juntos, cidadão e Estado, podemos reduzir os altos índices de dependência química que atinge, hoje, todas as camadas da sociedade, haja vista que os impactos são devastadores. Ao Estado cabe, por exemplo, promover políticas públicas capazes de garantir mais segurança à população para que traficantes não encontrem um ambiente sempre favorável às suas práticas; universalizar a educação integral para todas as unidades da federação; difundir a prática de atividades culturais, musicais e esportivas, sobretudo às comunidades mais carentes, dentre outras ações simples, mas eficazes.

É fácil perceber que quando a pessoa de má índole não encontra um ambiente propício para praticar o ilícito e a maldade, certamente o bem prevalece. Por isso, ocupar a mente dos nossos jovens e adolescentes com atividades sadias é uma ótima arma contra o vício, a delinquência e o crime.

O problema da dependência química é mais amplo do que podemos imaginar. Suas raízes extrapolam as barreiras da convivência harmônica, de uma vida mais justa, feliz e equilibrada. A discriminação e o preconceito podem ser em muitos casos, a porta de entrada para esse entrave, que há muito deixou de ser apenas um problema de saúde pública, para se tornar um problema social que afeta ricos e pobres, brancos e negros, escolarizados ou incautos.

Não resta dúvida que o consumo de substâncias psicoativas cresceu assustadoramente a partir da segunda metade do século XX, configurando-se nas últimas décadas desse século como um fenômeno de massa e como uma questão de saúde pública. Sendo assim, em função da complexidade desse fenômeno na atualidade, a dependência química é um problema que vem recebendo crescente atenção, mobilizando tanto o sistema de saúde quanto a sociedade em geral.

O compromisso que tenho com os mais de 100 mil eleitores que depositaram em mim sua confiança será a cada dia aprimorado. Sempre trabalhei o mais próximo possível da realidade e disso não me esquivarei. O cidadão deve ter interação com o seu representante, e é exatamente essa prática que estamos adotando.

Elaborar políticas públicas de dentro de um gabinete não é o meu desejo. Se antes de ser eleito eu já trabalhava com os dependentes químicos e comunidades carentes, quanto mais agora. Vou intensificar o meu lado humanitário porque sei que muitas pessoas não progridem por falta de oportunidades e de atenção. Falo isto porque já vi muita gente sendo transformada não pela ciência, mas sim pelo amor, pela atenção. Essa gente chega às casas ou clínicas de recuperação querendo ser amadas antes de serem curadas. Muitas delas estão sem esperança e uma palavra de alento, de conforto pode mudar tudo.

Espero que nossas contribuições aqui na Câmara dos Deputados ajudem o máximo possível de pessoas.

Forte Abraço!

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