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Diga não ao “Azar”

A Comissão Especial do Desenvolvimento Nacional (CEDN), do Senado brasileiro aprovou, no dia 16 de dezembro de 2015, o Projeto de Lei (PLS) 186/2014 que regulamenta a exploração dos jogos de azar no Brasil.

A matéria faz parte da Agenda Brasil — pauta apresentada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, com o objetivo de incentivar a retomada do crescimento econômico do país. A proposta permite o funcionamento no Brasil de cassinos e bingos, além de legalizar jogos eletrônicos e o jogo do bicho.

Caso esse projeto passe pela Câmara dos Deputados e seja sancionado pela Presidência da República, o Brasil é quem vai perder o jogo e ganharemos seguintes problemas:

  • caça níqueis e vídeo lottery espalhados por diversos ambientes nas cidades;
  • pessoas e suas respectivas famílias sofrendo com a dependência ao jogo de azar;
  • concentração de renda, afinal muitos jogam e poucos ganham;
  • publicidade ousada em busca de lucro, disseminando vantagens e estimulando à dependência ao jogo de azar;
  • possível investimento público para o desenvolvimento de empresas que realizem este tipo de negócio;
  • lucro alto para grandes empresas que receberão o dinheiro de muitas apostas;
  • destruição de expectativas e sonhos das pessoas que jogam.

É preciso mudar a mentalidade de que os jogos de azar trariam novas possibilidades financeiras para o país “em crise”, acreditamos que essa medida é que contribuirá com a “crise”.

Num país com tantas necessidades o jogo de azar traria ainda maior concentração de renda e práticas ilícitas como drogas e prostituição poderiam ser incentivadas com a regularização do jogo.

Não queremos ficar como a Itália, onde a liberação dos jogos de azar aconteceu há 10 anos. Por lá, o “azar” foi aberto para arrecadar mais impostos sem análise de impacto socioambiental e pelo país inteiro é possível encontrar caça níqueis e vídeo lottery. O impacto nas classes da sociedade mais pobres de educação e cultura é muito forte. No país, o volume de receitas da indústria do azar gera cerca de 80 bilhões de euros ao ano, bem como os meios tecnológicos para induzir a dependência são poderosos e sofisticados.

Por isso tudo, não queremos essa lei para o Brasil! Vamos combater esse “azar” para o futuro do país!

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