Com o objetivo de apurar as causas, razões, consequências, custos sociais e econômicos da violência, morte e desaparecimento dos jovens negros e pobres, foi instalada na semana passada, na Câmara dos Deputados, uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigará a violência contra jovens negros e pobres no País.
Segundo dados do Mapa da Violência de 2014, a taxa de homicídios no Brasil aumentou 148,5% de 1980 a 2012, totalizando mais de 1,2 milhões de vítimas. A pesquisa revela ainda, que das 56.337 pessoas assassinadas no Brasil em 2012, mais de 30 mil vítimas são jovens e, destes, 92% são homens e 77% das vítimas, negros.
“Os menos favorecidos, os mais humildes desse país sofrem com todo tipo de violência e essa CPI vem num momento propício e oportuno, porque apesar de tantas políticas públicas feitas por esse governo e por outros – não quero aqui politizar um assunto de tamanha relevância, como é a questão da violência, mas gostaria de dizer que mesmo com tudo que se vem fazendo em todos os governos – a gente ainda tem que encarar números e estatísticas que nos desafiam como deputado, esses números são casa vez piores, isso nos prova que nós como parlamentares que integramos essa CPI, temos uma resposta para dá a sociedade”, afirmou o Deputado Federal Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ), um dos 22 membros que compõem a comissão.
Dentre as ações que a CPI realizará, está a promoção de audiências públicas nos estados para levantar diagnósticos, informações, oitivas e diligencias para auxiliar os trabalhos da comissão. “Nós precisamos, nessa CPI, avaliar as origem e combater o mal da violência contra os nossos jovens negros e pobres, não podemos aqui fazer uma CPI chapa branca para ocultar a realidade dos fatos, muito pelo contrário, como parlamentar, quero integrar essa CPI para de verdade colocarmos o dedo nessa ferida, doa a quem doer, enfrentaremos a quem tivermos que enfrentar, mas não podemos nos calar e ficarmos silentes diante do que acontece contra os nosso jovens.
Ainda de acordo com o parlamentar, é de suma importância debater o mapa da violência no Brasil e que irá atuar de maneira efetiva para um resultado eficiente para essa problemática. “Precisamos defender os que menos podem e queremos aqui com a nossa voz ser eco dos negros e dos pobres que vem sendo avacalhados, achincalhados por diferentes tipos de violências no nosso país, conte com nosso apoio, quero simplesmente trazer minha contribuição e colaboração para que possamos chegar a um ponto final, melhorando os nossos índices, que infelizmente, cada dia piora com a violência”, concluiu.